DIA 16 DE NOVEMBRO ESTIVERAM PRESENTES NA CÂMARA DOS VEREADORES DA CIDADE DE SÃO PAULO MAIS DE OITENTA PROFSSIONAIS DA DANÇA EXIGINDO A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA O PROGRAMA DE FOMENTO À DANÇA, TRANSPARÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS E AMPLIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DANÇA A FIM DE ATENDER A DEMANDA EXISTENTE NA CIDADE.
MOMENTO DE FESTEJAR MAIS UMA VEZ A MOBILIZAÇÃO DA DANÇA PAULISTANA !
MOMENTO TAMBÉM DE ESTARMOS ATENTOS !
ESTAMOS EM FASE DE VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO PARA 2012. O MOMENTO É ESSE. A HORA É AGORA ! NOVAS MOBILIZAÇÕES VEM PELA FRENTE ! PARTICIPE !

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11 setembro 2010

Pensar a dança...além dos editais


Este blog foi criado com a intenção de provocar uma discussão que já não quer mais calar. A cultura dos editais impregnou as artes, impregnou a dança. Criou-se um vínculo de dependência. Poucas companhias de dança sobrevivem fora desse contexto pois o mercado da dança ainda é incipiente. Esta realidade é observada não apenas no Brasil, mas em todo mundo. Termos como pesquisa de linguagem, projetos continuados, sustentabilidade, formação de platéia, políticas públicas, dentre outros, permeiam o universo da dança em tempos de fomento. Sabemos que política de editais não é política cultural. Mas pouco sabemos sobre outros mecanismos que legitimem nossa ação profissional frente ao mercado cultural e frente à sociedade. O cenário político ora nos favorece, ora nos desola. Em dezembro a RADAR CULTURAL realizará um seminário não apenas com o intuito de provocar discussões, mas principalmente buscando sinalizar para ações propositivas. Aguardo suas contribuições, provocações, elucidações, considerações ... Abraços. Solange Borelli (Produtora Cultural Dança/SP).

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12 comentários:

  1. Olá Solange...
    Gostaria de parabenizar você e o Radar Cultural pela iniciativa de colocar em foco essa questão da sustentabilidade da produção em dança na cidade. É de extrema emergência pensar nessa produção e fomento além dos editais, fomentando projetos paralelos de formação e reeducação de pláteia.
    Estamos aqui para somar e "cutucar"...
    Para o alto e avante!!

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  2. Olá Solange!
    Parabéns pela iniciativa! Será ótimo poder ter um espaço para reflexão e discussão sobre outras possibilidades de fomento e sustentabilidade da dança que não seja através dos editais, que criam a dependência do trabalho "por projeto" e que, justamente como escreveu, não são uma política e sim apenas uma ferramenta dentro de uma política que deve pensar outras possibilidades... Aguardarei notícias! Sucesso na organização do Seminário!

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  3. Caros, o mais importante de tudo é conseguirmos encontrar uma saída para as produções independentes, e com isso, viver e trabalhar com dignidade, como qualquer outra área de atuação. Não faz mais sentido, estarmos reféns programadores, curadores, nem de gestores públicos (ou privados) que criam as suas próprias lógicas, criam seus próprios critérios, criam seus "pequenos exércitos" dando-lhes cargos de sub-gestores ou sub-programadores. "Sub" pq são subalternos e obedecem a um sistema que eles próprios desconhecem. "Sub" pq vivem no sub-mundo da dança, bem distante da nossa realidade, do nosso fazer, das nossas necessidades. Vivem nos gabinetes. Dizem lamentar si as condições de sobrevivência da dança, quando na verdade se alimentam dessas condições. Será que não temos organização suficiente para fazer valer nossas suas idéias no campo das políticas públicas? Ou temos e não sabemos? Enquanto não equacionarmos esta questão estaremos também alimentando o mesmo sistema que abominamos. O Seminário que estou propondo é apenas e mais uma iniciativa, mas pode ser muito, muito mesmo se dele tirarmos encaminhamentos e ações propositivas. Adiante ! Solange

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  4. Neste seu pensamento de visão holística que me deparo em Manaus – Amazonas com produções que dizem ser Dança. Não posso ver e acreditar que como Cultura de Massa aqui em Manaus são outras artes. Em vista que a dança ocupa o segundo lugar em linguagem artística.
    A dança é a segunda atividade artística mais disseminada no território: 56% dos municípios brasileiros abrigam grupos dessa linguagem.
    FONTE: MUNIC 2006
    Quando você cita os Editais fico a pensar tive oportunidade de participar de alguns e infelizmente não consegui ser contemplado nem mesmo na lista de espera. Isso evidencia a disparidade que existem. Acredito voltar a o que sempre aqui em Manaus e nos municípios do Amazonas fazíamos para vestir nossos Bailarinos (as) de danças populares o tradicional pedágio em semáforos da cidade, venda de bingo, rifas ES solicitando apoio de empresários locais dos comércios na comunidade, e a cada ano esses grupos saiam para apresentarem-se em todos os festivais de dança mostrando que o fazer é real pra quem ama e vive a dança. A insuficiência de políticas públicas voltadas à dança em diversos estados e municípios deixar de incentivar a produção da dança Leis Municipais fortaleceriam a arte como um todo.

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  5. Caros,não quero entrar aqui numa discussão de quem foi ou não contemplado nos editais. Essa é uma outra discussão, que tb precisa acontecer, mas com outros argumentos. Na verdade o cobertor é curto demais para todos que pleiteam verbas públicas. De qualquer modo, abomino modos de captação de recursos que expõem bailarinos e intérpretes com o famoso "pires na mão". Isso me lembra o quanto fico consternada com a condição do artista quando vejo garotos nos semáforos das grandes esquinas da metrópole fazendo malabares e tentando "ganhar algum".Certamente são garotos que participaram de oficinas culturais que tiveram foco social-assistencialista e não o artístico, poético, dramatúrgico.

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  6. Legal, gostei da sua iniciativa.
    Acho que este modelo(diálogo, encontros,discussões,etc) está se esgotando.
    Na dança ainda existem muitos fariseus e aproveitadores de plantão em busca de migalhas do estado, o medo é total, afinal se acabarem os editais ou programas que pululam por aí muita gente vai desaparecer. Portanto é natural a mediocridade atual na dança, afinal os editais e programas estão aí para calar os miseráveis da dança, não é mesmo??
    Enquanto não houver um enfrentamento de fato: ideológico e corporal(nas ruas!!!!)nada vai mudar.
    A grande maioria dos trabalhadores da dança deste país são hipócritas e comedores de carniça.
    Enfim, um bando de descarados, fracos, muito fácil de serem adestrados.
    Abraço

    Sandro

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  7. Espaço perfeito para discuções e enfim tentarmos concretizar alguma idéia e sair só do papel...cadê os batedores de panela, os sopradores de corneta (artistas de verdade)?? As vezes penso que se voltarmos no tempo e utilizarmos esse método tvz teriamos um resultado de verdade...

    Djalma

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  8. Só para lembrar os esquecidos!!
    Saiu no Jornal Folha de São Paulo

    Obra parada da Nova Luz, em SP, vira abrigo para centenas de usuários de crack

    Jornal Folha de São Paulo

    A antiga cracolândia voltou às origens, agora concentrada nos escombros da obra de demolição dos imóveis que vão ceder lugar ao futuro Complexo Cultural da Luz, em São Paulo.
    Desde que os trabalhos foram suspensos por causa de disputa judicial, o imenso canteiro virou abrigo para um "exército de farrapos humanos": usuários de crack e moradores de rua.
    Uma unidade móvel da Guarda Civil Metropolitana assiste à movimentação em torno da praça Júlio Prestes.
    O cálculo é que de 200 e 400 pessoas encontraram abrigo detrás das paredes que ainda estão de pé entre a avenida Duque de Caxias e as ruas Helvétia e Barão de Piracicaba, na área que já foi ocupada pela antiga rodoviária.
    A montanha de entulhos serve de moldura para homens, mulheres e crianças maltrapilhos. "Eles saíram da praça e foram para o buraco da obra", conta Susie Ritcher, moradora vizinha.
    A polícia não entra ali. "As ocorrências não aumentaram. O problema são as brigas a pauladas e a pedradas entre eles", diz um dos guardas civis do turno da noite de ontem. "Dentro, a gente não entra. É coisa do Estado."
    O governo estadual toca o projeto de revitalização batizado de Nova Luz, orçado em R$ 600 milhões. O complexo de 95 mil m2 vai abrigar três teatros e as sedes da Companhia de Dança e da Escola de Música do Estado. A previsão é de inauguração em 2011.
    A Cracolândia sobre os escombros nasceu da briga de duas empresas --Fator, que ganhou a licitação, e Demolidora ABC, segunda colocada.
    A ABC questiona a capacidade técnica e financeira da Fator, que levou o serviço por R$ 3,5 milhões no pregão. O governo estimava um contrato de até R$ 7,5 milhões.
    Responsável pela obra, a Secretaria de Cultura do Estado não se manifestou sobre a invasão do canteiro. Informou não ter encontrado um responsável pelo projeto.
    A Secretaria de Assistência Social do município diz que tem ação específica para a região, mas a maioria dos frequentadores não aceita ajuda. A Secretaria de Saúde diz ter uma rede de auxílio aos moradores de rua, com ênfase aos usuários de droga.
    A Polícia Militar informou que mantém policiamento especial na região central.

    De ELIANE TRINDADE
    ROGÉRIO PAGNAN

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  9. Parabéns pela iniciativa!

    Concordo com o Sandro quando ele diz que o modelo (diálogo,encontros,discussões,etc) está se esgotando. Acho que ainda falta p/ esta classe a iniciativa de arrancar as sapatilhas, sair do linólio de fato e enfiar os pés no asfalto para reivindicar, enquanto não existir esse embate corporal acho mesmo que as coisas não mudaram.
    Há uma máxima do poeta comunista Vladimir Maiakovski que traduz esse pensamento: "Para um conteúdo revolucionário, é necessário que haja uma forma revolucionária".

    Abraço

    Jonathan

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  10. Solange.
    Adicionei seu blog como link no da "Balangandança Cia", por tratar de temas tão pertinentes e urgentes.
    Parabens!
    Abraço.
    Dafne.
    http://balangandanca.wordpress.com/

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  11. Olá.. Sou Produtor Cultural na Associação Comunitária Monte Azul e gostaria de expressar o apoio a iniciativas como esta, onde se propõe, em caráter de urgência, um canal dinâmico de informação e discussão a dança. Que reflita em conquistas políticas, formação crítica e resgate de nossas raízes culturais.
    Grande Abraço

    Tchê Araujo

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  12. Oi Solange, parabéns de novo pelo blog, muito bom que se abra um espaço de discussão como esse, que é essencialmente democrático.

    Eu pensei cá com meus botões: pensar a dança ANTES dos editais. Se refletirmos como era produzida a dança antes da criação de todas as leis e incentivos existentes, veremos que hoje há muito mais profissionalização de todas as áreas envolvidas num projeto do que há dez ou vinte anos atrás.

    A quantidade de espetáculos (e pesquisas em andamento) são infinitamente superiores às produções de décadas passadas, e só por essa multiplicidade já valeu a pena a criação desses mecanismos públicos.

    São justos? São unânimes? São perfeitos. Não. Mas já trilhamos (a dança brasileira/paulista/paulistana) um caminho e considero que subimos de patamar, subimos degraus que já ficaram para trás, conseguimos discutir política pública na dança com um olhar menos ingênuo e mais realista.

    Parabéns de novo.

    Beijos

    Márcia Marques

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