DIA 16 DE NOVEMBRO ESTIVERAM PRESENTES NA CÂMARA DOS VEREADORES DA CIDADE DE SÃO PAULO MAIS DE OITENTA PROFSSIONAIS DA DANÇA EXIGINDO A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA O PROGRAMA DE FOMENTO À DANÇA, TRANSPARÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS E AMPLIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DANÇA A FIM DE ATENDER A DEMANDA EXISTENTE NA CIDADE.
MOMENTO DE FESTEJAR MAIS UMA VEZ A MOBILIZAÇÃO DA DANÇA PAULISTANA !
MOMENTO TAMBÉM DE ESTARMOS ATENTOS !
ESTAMOS EM FASE DE VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO PARA 2012. O MOMENTO É ESSE. A HORA É AGORA ! NOVAS MOBILIZAÇÕES VEM PELA FRENTE ! PARTICIPE !

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20 setembro 2010

Que relações assumimos em tempos de eleição ?

Estamos prestes à definir governantes para os próximos quatro anos (?) na esfera estadual e federal, embora as vezes penso que tudo já foi definido há tempos... Não vejo nenhum candidato abordando questões que se referem à Cultura. Decerto que a imprensa televisiva e impressa é 99% tendenciosa, fascista e mentirosa. Mas não acredito que esconderiam essas informações da população. Poderiam distorcê-las, pois é isso o que geralmente a imprensa faz. Também não vejo nenhum segmento artístico discutindo questões que se referem às eleições e a essa troca das cadeiras. Porque em síntese é isso o que acontece no Legislativo. Vi e ouvi poucos candidatos tocando de leve nesse assunto. Mas o discurso era inconsistente, sem propriedade alguma. Estamos anestesiados, descrentes, ou conformados com a política cultural instaurada ? Nem curiosidade em saber quem assumirá a pasta da Cultura e os cargos setoriais da Funarte, vejo nos olhos e no discurso dos meus parceiros. Assustador, não ? O que aconteceu com a gente ? O que não aconteceu com a gente ???

5 comentários:

  1. Bem...pelo visto não assumimos relação alguma em tempos de eleição. Faz sentido então estarmos nas condições em que nos encontramos. Vamos ter que amargar ainda por um bom tempo as ingerências na área cultural. Vamos peregrinar por muito tempo ainda todos os quartéis onde se alojam os "coronéis" da dança, com nosso "projetinho" embaixo do braço. Bem... um motivo a mais para eu prosseguir e insistir no Seminário: PENSAR A DANÇA...ALÉM DOS EDITAIS.

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  2. Solange, no que tange à escolha de candidatos, eu procuro ser sempre muito cautelosa. Confesso que tenho me sentindo um pouco "órfã" nestas eleições, justamente por não saber muito bem quem são os candidatos que defendem a questão cultural. Porém, estes dias fui apresentada por uma amiga de militância a um candidato chamado Celio Turino, o cara que criou o projeto dos pontos de cultura, implementados pelo Brasil na gestão Lula. Enfim, estou estudando as propostas dele. De toda forma, se vc tiver alguma sugestão, agradeço.

    Agora, quanto a assumir relações em tempos de eleição, o que podemos fazer? recorrer à quem, se a situação apresentada não demonstra nenhum representante à altura do que necessitamos?

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  3. É difícil mesmo acreditar no discurso político, pq ele sempre vem revestido de falsa promessas. Isso é marca registrada de todo e qq político. Senti isso bem de perto recentemente. Precisamos garimpar bem, pq tem pérolas sim nesse lôdo. Geralmente são candidatos que tem pouco recurso financeiro para bancar sua própria campanha, pois não fêz conchavos. Penso que a categoria (dança) precisa começar do local, na esfera municipal, pois é aqui que o bicho pega primeiro. Aí, fica mais fácil entender todo esse mecanismo. Saiba que é na Câmara dos Vereadores que muitas decisões são tomadas, pena que a gente não tem muita paciência pra acompanhar isso de perto. O orçamento da Cultura para 2011 já está na pauta de discussão e em breve o Secretário de Cultura (Calil) estará por lá apresentando sua proposta. Proposta que deverá ser votada pelos vereadores da casa. Se os artistas acompanham em massa essa votação, os encaminhamentos são outros. Fizemos issos em alguns momentos e deu certo. A própria Lei de Fomento teve toda essa articulação na Câmara. E ela foi aprovada por unanimidade. Não existe fórmula, existe trabalho, muita articulação e muiiiiita paciência. Mas não pode ser de poucos. Oxalá, consigamos juntar todos novamente...

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  4. O que aconteceu com a gente? O que não aconteceu com a gente? Adoraria poder responder essas perguntas, Solange, por que eu acho que elas resolveriam o nosso problema. Faz pouco tempo, eu postei algo no meu blogue. Vou dividir com vc(s). Na realidade, esse texto tem ainda uma vertente poética, mas acho que fala dessa minha/nossa indignação dentro de nosso próprio ambiente. Acho que estamos pensando, sozinhos. E só.

    +++

    Quando eu escuto de novos pensadores que é melhor fazer política nos solos da América Latina por que esses estão húmidos, eu vejo nessa afirmação uma certa armadilha. Os solos da América Latina são tão poluídos de história quanto os outros. Não há nada que nos difira de uma política dura, ressentida, dedicada aos pequenos grupos e suas estruturas sociais.

    Existe tão pouca chance de existir nesses solos, quanto nos outros. As fábricas de gente na América Latina serviram a um império e, agora, elas são seu próprio império.

    A impossibilidade de existir estrada a baixo é tão grande quanto àquelas dos chamados mainstream. Somos nós quem criamos o mainstream. Deus não existe. Se algum dia quisemos nos valorizar em uma equação igualitária, chegou o momento: estamos tão tristes quanto a todos. A nossa miséria tem um tamanho mundial. Voltamos ao orgulho modernista. Agora, somos um. Uma certeza quase cristã. Irônica de tão boa.

    Estamos reduzidos a isso, ao pedaço de terra, ao aprisionamento de ideias e à uma histeria coletiva que não modifica as relações em grande escala, mas cria pequenas estruturas em grande escala e, pra cada uma, um pensamento, um corpo, sem voz, sem expressão, sem sentido.

    E nesse caos, é possível viver? Sim. Estamos vivendo há muito tempo e de acordo ou não com o que acontece ao nosso lado, continuamos. E vivemos, e nos adaptamos, e fazemos filas nas salas de yoga. E absolvemos o bom discurso, e continuamos sangrando o Bom Crioulo de Adolfo Caminha.

    Essa dificuldade anda num campo minado sem bombas. Essa ambivalência não destrói com fúria, mas mata aos poucos em exílio.

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  5. Há tempos venho pedindo aos meus "colegas" do PSDB que me enviem o Programa de Cultura discutido ou elaborado pelos militantes partidários. Ainda não obtive resposta. Continuo aguardando, porque apesar dos pesares é com esse programa e com esse governo que iremos dialogar (???)nos próximos 4 anos aqui em São Paulo.
    Ao mesmo tempo, julgo importante divulgar uma síntese do que foi discutido pelo no encontro de Artes Cênicas promovido pelo PT em maio de 2010, encontro que pude acompanhar e que gerou um documento que pautará a política cultural da Dilma, caso seja eleita.
    Bem, está aí um documento que pode ser um ponto de partida pra uma discussão bem legal sobre políticas públicas não apenas pra dança...mas para além da dança.

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