DIA 16 DE NOVEMBRO ESTIVERAM PRESENTES NA CÂMARA DOS VEREADORES DA CIDADE DE SÃO PAULO MAIS DE OITENTA PROFSSIONAIS DA DANÇA EXIGINDO A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA O PROGRAMA DE FOMENTO À DANÇA, TRANSPARÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS E AMPLIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DANÇA A FIM DE ATENDER A DEMANDA EXISTENTE NA CIDADE.
MOMENTO DE FESTEJAR MAIS UMA VEZ A MOBILIZAÇÃO DA DANÇA PAULISTANA !
MOMENTO TAMBÉM DE ESTARMOS ATENTOS !
ESTAMOS EM FASE DE VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO PARA 2012. O MOMENTO É ESSE. A HORA É AGORA ! NOVAS MOBILIZAÇÕES VEM PELA FRENTE ! PARTICIPE !

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17 setembro 2010

Quem defende receber dinheiro público sem prestação de contas põe o dedo aqui !!!

Dia desses, numa discussão um pouco mais acalorada por e-mail com um colega, (...em tempos de eleição, as discussões são sempre mais acaloradas...), após eu ter lamentado a hipótese de ter que amargar mais quatro anos de uma gestão tucana, obtive a seguinte resposta: Políticas públicas devem ser pensadas no vetor que façam da cultura e das artes um bem para todo conjunto da sociedade paulista e não apenas para servir aos interesses corporativos ou dos donos dos grupos ou cias. de dança e/ou teatro que consideram como políticas públicas para si, apenas fomento nos seus bolsos. Esses mesmos "artistas", que se personalizam como a própria democracia ou 'a esquerda' fazendo se si verdadeiros personagens, são os mesmos que ainda defendem receber dinheiro público sem prestação de contas, achando que o cidadão comum, carente de tantas outras coisas, tenha ainda que sustentar o luxo alheio destes artistas”. Obviamente que fiquei indignada com essa afirmativa. Argumentamos daqui e dali até que os ânimos se acalmaram e conseguimos finalizar a conversa de forma respeitosa pelo menos. Afinal de contas respeito todos os pontos de vista sobre qualquer assunto, desde que o meu também seja respeitado. Mas fiquei aqui a pensar com os meus botões: em que momento nos é apresentado uma prestação de contas por parte da gestão pública com todo o rigor que nos é exigido? Quando muito, para quem tem tempo e se interessa por isso, no Diário Oficial do Município ou do Estado ou da União, valores brutos são mencionados, e apenas isso. Quantos bilhões são gastos com cultura sem que a sociedade seja minimamente consultada ? Quantos interesses corporativos se escondem por trás das gestões públicas? Quantas pessoas se escondem por trás de uma gestão pública ?

2 comentários:

  1. Há alguns pontos que acho interessante observarmos.

    O primeiro deles é a quantidade de impostos e taxas a que somos submetidos a pagar. Isso por muitas vezes acaba "enforcando" a viabilidade de alguns projetos, ou mesmo da possibilidade de recebermos valores adequados ou minimamente justos pelo trabalho que desenvolvemos. Fora a "burrocracia". Acho isso mais assustador do que fazer uma prestação de contas (que é chato e trabalhoso, porém necessário, acredito.).

    Outra coisa é exigir do poder público a mesma transparência que nos pedem nestas prestações de contas, com a mesma riqueza de detalhes, inclusive. Senão acabamos por reproduzir o mesmo modelo destes desgovernos, os quais tanto criticamos. Aí o nosso discurso acaba indo na via contrária das nossas atitudes, o que não acho bacana.
    Aqui a questão é "como fazer isso?". Até porque no sistema a qual somos submetidos a viver, não há o costume por parte da população em geral de cobrar essa transparência dos governantes, seja lá quais forem. Há muita falta de informação. Até quem é mais informado muitas vezes não tem noção de onde o nosso rico dinheirinho pago em impostos está sendo aplicado. E sabemos por A+B que as "ôtoridades" que mandam e desmandam no poder público se aproveitam desta desinformação dos cidadãos para desviar dinheiro, corromper, encher os bolsos seus e de seus aliados, etc e tal.

    Somos uma minoria dentro deste caos, mas ainda bem que somos. Antes isso do que ninguém questionando. Talvez seja interessante nos mobilizarmos junto a outros setores da sociedade. É uma sugestão. Mas antes disso, temos que nos fortalecer.

    Por fim, prestar contas, na minha visão, esbarra mais numa relação ética com a população do que com os próprios governos - desde que qualquer cidadão que deseje saber tenha acesso a estas informações.

    Claro que o retorno que damos à eles, e o principal e o mais importante, é com o nosso trabalho. Mas ainda assim, acho que se faz necessário.

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  2. Concordo plenamente, Calu, qdo vc afirma que precisamos nos mobilizar junto a outros setores da sociedade. Acredito inclusive que a dança já tem maturidade suficiente, conquistada à duras penas, para certos enfrentamentos. Embora muitas pessoas de dentro e de fora desse universo insistem em dizer que somos desorganizados e desmobilizados, já avançamos muito no discurso e na ação. Talvez nos falte ainda foco, agregarmos energias em interesses comuns. Para isso precisaríamos exercitar certas regras de conduta e de relacionamento entre e com os nossos parceiros da dança. Mas já estamos bem diferentes nas nossas relações. Muitos estranhamentos do passado foram diluídos, por isso amadurecemos. Também não sou conta a prestação de contas, sou contra querer procurar "pêlo em ôvo", entende ? A gente sabe perfeitamente quem utiliza a verba pública honestamente e quando há o "blefe". Sou completamente a favor das relações institucionais públicas e privadas TRANSPARENTES DE VERDADE e principalmente HONESTAS. Cansa-me tb ver o desperdício de dinheiro público em ações e iniciativas que exacerbam apenas o ego de gestores públicos. Temos exemplos de sobra: A Companhia de Dança São Paulo e A Virada Cultural são exemplos nítidos dessa aberração. À quem eles prestam contas ?

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