DIA 16 DE NOVEMBRO ESTIVERAM PRESENTES NA CÂMARA DOS VEREADORES DA CIDADE DE SÃO PAULO MAIS DE OITENTA PROFSSIONAIS DA DANÇA EXIGINDO A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA O PROGRAMA DE FOMENTO À DANÇA, TRANSPARÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS E AMPLIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DANÇA A FIM DE ATENDER A DEMANDA EXISTENTE NA CIDADE.
MOMENTO DE FESTEJAR MAIS UMA VEZ A MOBILIZAÇÃO DA DANÇA PAULISTANA !
MOMENTO TAMBÉM DE ESTARMOS ATENTOS !
ESTAMOS EM FASE DE VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO PARA 2012. O MOMENTO É ESSE. A HORA É AGORA ! NOVAS MOBILIZAÇÕES VEM PELA FRENTE ! PARTICIPE !

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11 julho 2011

Todo mundo quer mudar o mundo...mas ninguém quer ajudar a mãe a lavar a louça!

Neste último final de semana estiveram reunidos 84 pessoas, profissionais da dança,  em torno de um discussão sobre  Dança e Sustentabilidade, tendo como sub-tema 'Pensar a dança além dos editais'.
Este 'acontecimento' é a concretude física, extensão deste blog, e foi 'sustentado' financeiramente pelo Programa Vivo EnCena.
Foi 'sustentado' ideologicamente por mim.
Foi 'sustentado' pela experiência política e artística de todos os participantes.
Foi 'sustentado' pela vontade de muitos que queriam participar e não puderam.
Foi 'sustentado' pelo esforço colaborativo de muitos que nem ali estavam, mas torceram incondicionalmente para que a idéia desse certo e que tivéssemos de fato interessados, inscritos, participantes.
A troca de experiências foi rica, e nem poderia ser diferente.
Conhecer o que o Ceará faz, como Pernambuco resolve, como o Rio Grande do Sul se articula, como Paraná pensa, como Rio de Janeiro percebe, como a Bahia produz, como o Piauí deseja, como Minas Gerais não quer, como Santa Catarina se propõe, como Goiânia enfrenta, como Ribeirão Preto, Pindamonhangaba, Taubaté, Santos, Diadema, Carapicuíba gostaria, me faz repensar as práticas, os discursos e os posicionamentos.
Falta muito.
Ainda não digeri tudo o que aconteceu, tudo o que foi dito, as linhas e as entrelinhas, o texto e o sub-texto embora compreenda muito bem o contexto.
Sei apenas que foi bom, muito bom.
Foi intenso, foi acolhedor, foi provocativo, foi profundo e foi necessário.
Em breves momentos a Dança perdeu a sua grandeza. Ficou pequena perto dos egos daqueles que a fazem.
Talvez alguém precise lançar um outro blog: 'Pensar a dança...além dos egos'.
Estou um pouco cansada pra fazer isso, mas lanço a idéia.
No mais, sigo por aqui caminhando e organizando todo o material para compartilhar.

15 comentários:

  1. Fiquei muito entusiasmado com esse encontro!
    Infelizmente, por questões familiares, não pude ir no domingo. Entretanto, achei extremamente
    positiva sua iniciativa em nos reunir para debater questões de grande importância e urgência.
    Quero participar de todos os encontros! Conte sempre comigo,viu?
    Tenho todas essas conjecturas na minha cabeça, inclusive, essas suas que vc descreve tão bem.
    Talvez por questões de timidez ainda não consigo me manifestar como gostaria ( ninguém imagina o qto posso ser tímido).kkkkk
    Fiquei pensando que, para um próximo encontro, pudéssemos trazer a questão da "Ghetorização
    dos grupos de dança da cidade de São Paulo"!! O que acha? Tenho a sensação de que devemos nos
    aproximar de uma forma mais aberta, desarmada e amistosa. Dado o fato de que, qto mais dividirmos, mais
    informações teremos para processarmos!!! Que tal? É só uma proposta..
    Fica aqui um beijo grande e meus agradecimentos por sua iniciativa brilhante!!!!
    Um beijo do Mauricio Oliveira ( Mauricio de Oliveira & Siameses - SP)

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  2. Obrigada pelo relato Solange e obrigada Marta César (SC) pela participação e a todos que continuam a pensar no Coletivo, mesmo sabendo que muita gente ainda prefere viver em torno de seu próprio umbigo!!!! Pois compartilho contigo das mesmas angústias... aqui em Santa Catarina não é diferente... são poucas mãos para tanto trabalho... A Aprodança esta trabalhando muito, e vemos pouca adesão dos artistas... Será que eles não percebem que a mobilização é necessária? Que é fundamental para a classe... Que só de mãos dadas e pensamentos direcionados podemos avançar “além dos Editais”. Peço desculpas por não ter comparecido, mas estamos com as mangas arregaçadas aqui em Santa Catarina e apoiando 100% iniciativas como a do I Forum Dança & Sustentabilidade – Imprescindível !!!! Mais uma vez obrigada! E não desista... por favor!!!

    Lisa Jaworski
    Aprodança/Gestão 2009/2011

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  3. Olá Solange,

    Queria prestar aqui o reconhecimento à sua iniciativa e agradecer a simpatia
    e generosidade.

    Foi um evento muito bacana, em toda sua estrutura e participação, que
    possibilitou o contato direto com muitas pessoas interessantes. Fomos os
    últimos a sair do local, mas não vimos quando vc partiu, então fica aqui
    aquele abraço de agradecimento.

    Luis e Fanta

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  4. Oi Solange,

    Não pude ficar na tarde de ontem, mas quero dizer que achei muito bacana sua iniciativa (e sei que você é uma batalhadora há tempos).
    Como você sabe não sou da área, mas entendo que discussões desse tipo são fundamentais hoje em dia.
    E comentei com o Pedro Costa que pra mim era muito interessante conhecer um pouco mais sobre as questões que rolam no meio para que também sejam consideradas em minha área de atuação que é a gestão pública. Digo, é importante que todos os lados sejam permeáveis e compreendam os alcances e limites dos outros.
    Mas que é um sem fim de egos, isso é!
    Beijos,
    Simone Zarate

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  5. Oi, Solange!

    Muito obrigada pela oportunidade em participar do Fórum.
    Como o Mauricio, também sou extremamente tímida e apesar da gentil acolhida, só agora discorro brevemente sobre meu olhar, puxando mais a temática da questão da sustentabilidade/meio ambiente. Está lá no meu blog, visite gdo puder! Um gde abraço
    http://dancaanima.blogspot.com/2011/07/danca-e-sustentabilidade.html

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  6. Parabéns Solange, foi ótimo!!!!
    Parece que este ano tem algo diferente no ar.
    A luta continua...
    Conte comigo
    Sandro Borelli - Presidente da Cooperativa Paulista de Dança.

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  7. Oi Solange,

    Ainda pensando nas considerações, achei que seria interessante falar que, na França, temos quase que unicamente uma política pública, mas isso está bem longe de resolver nossos problemas. Existe, como você deve saber, o sistema de intermittence du spectacle (um tipo de subsidio durante 8 meses, dependente de um número mínimo de 43 apresentações dentro do prazo de 10 mêses), que, de certa forma, nos dá uma certa estabilidade provisória.
    Entretanto este sistema está cada vez mais inacessível, excluindo vários artistas, ou fazendo com que outros se vejam obrigados a participar de muitos projetos ao mesmo tempo. Desta forma, tal qual pude escutar, estamos vivenciando como vocês aqui, um momento em que o espaço de pesquisa, de erros e do vazio tão necessários `a nossa prática, se tornam raros. O que é, sem dúvida, algo de grande consequências no avançar da nossa arte.
    Outra coisa que me parece interessante de ressaltar é o fato de que, os pedidos de subvençôes para criaçâo sâo de difícil acesso. Os critérios de seleçâo sâo extremamentes excluidores no que se diz respeito `as pequenas companhias. Precisamos, por exemplo, ter o espetáculo comprado por, pelo menos, 15 espaços (antes da sua criaçâo), além de uma co-produçâo de pelo menos um destes espaços que deve complementar a verba do governo, ou seja, o "teatro" também financia o processo de criação. Além disso, os currículos dos integrantes contam mais pela experiência em grandes Companhias do que na pesquisa pessoal e tudo isso é avaliado por experts que, muitas vezes, optam por um tipo de dança, geralmente as consideradas da "moda".
    Estamos vivenciando talvez um movimento semelhante e ao mesmo tempo oposto ao daqui, na medida em que estamos começando a buscar soluções/opções no setor privado, atualmente única saída para muitos de nós.
    Tudo isso para dizer que talvez a soluçâo nâo se encontra somente no campo das poliíticas públicas, mas em dialogos, forças conjuntas, tolerâncias das diversidades e contruçôes nas quais, ao meu ver, deveríamos tentar acalmar um pouco mais nossos egos e individualidades...
    meu link : www.dansesdana.com

    Mais uma vez muito obrigada por esta oportunidade e parabéns pela iniciativa.
    Gostaria, se possível, ter um certificado de presença do seminário, pois isso pode contar como crédito para meu doutorado.
    No site da nossa companhia tem os filmes documentários que te falei, posso te enviar na ediçâo brasileira se te interessar.
    abraço e até breve,
    Anamaria Fernandes (França)

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  8. Querida Ana. Muito obrigado mais uma vez pela participação, pela escuta e pelas considerações.
    Conheço sim a lei de intermitência da França. Estudei-a um pouco qdo fiz uma pós na USP onde estudávamos os modos de produção do Teatro de Soleil. No entanto,como estava numa posição de organizadora, tentei me conter um pouco mais nas minhas considerações. Mas queria ter tocado neste assunto, ou teria gostado muito se alguém assim o fizesse, porém...o assunto acabou transcorrendo para questões ainda individuais e imediatas. Sigamos em frente. Foi muito bom saber do teu interesse, de ter aberto um espaço nas tuas férias aqui no Brasil e participar desta discussão. Melhor ainda foi saber que você como vários participantes vieram de outros estados por meios próprios para participar deste encontro. Isso foi tudo pra mim ! bj Solange

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  9. Saí do encontro catando as minhas partes. Rearranjando as que ficaram por lá com as que eu trouxe e resguardando espaço para as que virão, com ênfase na minha “meia” participada.

    Quando Solange coloca “todo mundo quer mudar o mundo... mas ninguém quer ajudar a mãe a lavar a louça” expõe uma metáfora que faz todo o sentido. Uma presença absolutamente necessária para todas as atividades da vida em colaboração: fundamental tarefa.

    As linhas e entrelinhas “Solangísticas” também é lembrar se e como a dança se move em volta das pias, às vezes observando o acúmulo, outras fazendo a linha “não sujei, portanto não lavo”, e ainda: “quem foi que sujou?” (o protagonista tardio).

    Uma das questões que me veio logo de inicio é se a dança faz-se legitimar e o que viria a ser ela enquanto brasileira, assim como reconhecemos a “musica brasileira”, o “teatro brasileiro”, o “cinema brasileiro”, a “literatura brasileira”...enfim. Daí, que a fala da Nirvana: “a pessoa da dança se sente muito mais artista do que ser da cultura” abriu um abismo na estreita e demarcada trilha que até então caminhávamos, atentos e obedientes.

    Fundamental cada um faça a sua parte, para construir à parte, o lugar da parte da dança. Tenho em mim que muitas vezes aportamos em ilhas alheias, sendo que o mar aberto e revolto prossegue carregando os nossos corpos cansados. Braçadas, números, quantidade, fôlego... De tempos em tempos nos são lançadas bóias, algumas cheias, outras nem tanto, mas todas com pouca ou nenhuma durabilidade; sem contar que o numero delas é sempre e infimamente menor do que o dos náufragos. Os tais editais (bicho papão ou não?)

    Os números nortearam quase todas as falas buscando sintonia com a objetividade que a subjetividade da dança resiste. Falas como a da Sofia colocando em jogo definições, conceitos e concepções sobre o termo sustentabilidade, bem como o exemplo dos taxistas, deram voz a objetividade tão necessária.

    Também a fala da Marise contestada pela a da Marila sobre “somos profissionais marginais”. Pergunto: marginais ao quê e do quê?

    Marila insiste “se o pacto federativo não for aprovado [...]” PNC, SNC, PND e outras siglas legais, sem recurso (dinheiro), não fazem sentido. Penso: o sentido do nada a fazer. Ainda Marila: “da mesma forma como nos detemos numa forma singular de dança, também, uma forma singular de participação em dança é necessária”. Incluo: para a dança, uma forma singular de gestão cultural é imprescindível!

    Então Marta Cesar nos devolve a visão do pano de fundo, ou àquilo que interessa e muito, iniciando com “vou falar sobre o que ainda acredito”. Sim, pois se a dança contemporânea da Gal conseguiu atravessar a ponte que separa a zona sul do centro da cidade de São Paulo, é porque sempre há um caminho (talvez não tão obediente) para o sustento da dança, desde que ele seja crível.

    O lugar do desencantamento sobre a grandeza da dança citado pela Solange como uma parte perdida, alerta sobre a urgência de realizarmos a travessia da condição de artistas para a de seres culturais, o que implica e com efeito na desconsagração da dança como atividade intocável.

    Para mim, o Fórum desestabilizou e desacimentou algumas das purezas da dança. Descondensou o que estava, aparentemente, indissolúvel.

    Jussara Miranda - Porto Alegre (RS)
    www.muovere.com.br

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  10. ótimo comentário de Jussara!!

    O forum para mim, foi marcante no sentido de entender que o debate não pode escorrer de nossas mãos. De que a Dança une, não separa. E é dessa maneira que mudaremos e agarraremos a parte que nos cabe!
    Parabéns pela iniciativa!!

    Agora me fica a vontade de conhecer a dança por todo nosso Brasil!

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  11. Olá Solange, estou muito contente de ter participado desse momento impar onde a dança se reuniu para pensar junto e, quero acreditar que nossos pares teham tido o start para perceber que já não se faz dança com os moldes dos século XX, estar e participar de um todo de modo propositivo, como fez a Radar Cultural nos dando o exemplo primeiro, não é mais opção é uma questão de SUSTENTABILIDADE no sentido amplo e contemporâneo que a palavra e seus sentidos pode nos dar.
    > Mais uma vez parabêns pelo forum, como você eu ainda não consegui digerir quais seram todos os efeitos colaterais desses momentos que compartilhamos com os colegas, mas tenho certeza que é um marco na história da dança contemporânea no Brasil e eu estava lá para poder contar essa história de luta aos que não puderam estar conosco e mesmo as mais jovens que estão chegando agora.
    > " Que os vossos esforços desafiem as impossibilidades, lembrai-vos de que as grandes coisas do homem foram conquistadas do que parecia impossível"
    > Charle Chaplin
    > Grande abraço
    > Carlos Freitas

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  12. Solange, concordo inteiramente com você. Seu esforço e comprometimento com a dança ficou claro para mim. É admirável seu trabalho. Parabéns! Como você também ressaltou, a presença de alguns egos também ficou evidente. Mas não tanto que impedisse de divisarmos uma longa estrada a frente para a dança crescer. Como educadora e produtora cultural valorizei muito a fala do André e espero que nos próximos encontros outros profissionais como ele estejam para dar uma chacoalhada em todos e mostrar além de editais a sustentabilidade da dança. Esse conceito de sustentabilidade precisa ficar claro para todos que é muito mais que econômico,é uma questão de postura e respeito pelo seu fazer e pelo do outro. É entender que temos que olhar além de nós mesmos e nos inserir numa sociedade com grandes problemas sociais e culturais e que tudo está interligado. Muito mais ainda, que sem planejamento e uma boa gestão nem a nossa vida anda para frente.
    Beijos querida e milhões de parabéns!

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  13. Oi Solange,

    começo minha fala reiterando meu agradecimento a você pelo convite e pela carinhosa acolhida. Destaco também, o posicionamento da Vivo que acolheu a idéia e realizou o encontro onde apontou suas intenções de desenvolver dentro do programa Vivo Encena ações nacionais focando a dança.
    O Fórum foi muito rico e estou processando uma atualização sobre um dos cenários paulistanos produtor de dança... isso gerou em mim várias reflexões, sobre o meu fazer artístico, e também sobre como gerir e gestar as questões particulares dentro do coletivo.
    Apesar de todos os apredizados, guardei comigo uma sensação de... constrangimento ao agir de forma reativa à escuta de alguns temores reunidos na fala sobre um dos fomentos paulistanos para a dança contemporânea. Apesar de entender muito o estado de vigilia que a luta constante para manter os mecanismos conquistados que financiam os trabalhadores da dança, em alguns momentos me inquietei com a falta de pluraridade na abordagem de temas diferentes. Talvez eu tenha criado uma expectativa de travar embates conceituais sobre a dança e vislumbrar financiamento para todo o setor eu tenha me colocado como me coloquei.

    O fomento paulistano é um significativo movimento político construido por artistas e vereadores que em suas dimensões incentiva a pesquisa de novos lugares para a dança na cidade. No atual momento a dança emergente de criadores emergentes ou não é seu maior foco. Este incentivo possibilita viabilidade de caminhos, para o que não tem prescedentes e desenha o futuro. Desta forma ele fomenta a continuidade da Dança Contemporanêa, mas não a manutenção de processos já existentes, e isto que causa um sofrimento em quem não é contemplado. O Rio de Janeiro viveu em meiados dos anos 80 um processo político intenso quando as companhias de dança contemporanêa conquistaram o direito de ser subsidiadas pela Prefeitura. Percebo a lei de fomento um avanço daquele momento político nacional em prol da dança profissional.
    Todos estes momentos são imprescindíveis para a conquista de reconhecimento social e institucional do exercício da dança no país.

    Na verdade, entendi que estariamos focados em dar uma oportunidade para construirmos outros pensamentos "além" dos editais existentes.

    Mas, enfim espero que aconteçam muitos outros encontros como aquele, e talvez oportunamente, gostaria de convidar a todos os ali presentes para se afastar um pouco mais de suas realidades cotidianas, levando a fantástica experiência de viver a conquista de reconhecimento para outras praças e outras pessoas. Aqui em Minas estamos precisando de Sandros Borelli, Sofias Cavalcante, Zés Maria, entre outros, para temperarmos nossa ação política. Apesar de vivermos contextos diferentes, por vezes somos muito passivos pegando carona em movimentos advindos do teatro ou outras areas da arte. Em São Paulo aconteceu isto também, mas está em outro momento hoje.
    Esta discusão reuniu formadores de opinião e fazedores de dança importantes do século passado que estão influenciando com sua ação as diretrizes para este século que praticamente se inicia.

    Foi histórico. Parabéns!

    Uma certeza:
    - tem muita água pra rolar sob e sobre esta ponte...

    Solange, você lançou questionamentos pré- fórum que a meu ver, merecem ter mais espaço nas discussões políticas. A insistência do artista em criar independente das adversidades, sua liberdade de expressão além dos editais e direitos autorais por ex. Temas como estes, são também muito importantes. Sobretudo com a presente, porém distanciada, participação de gestores culturais como a Lena, o Eduardo e o Marcelo, que estão munidos de muitas informações sobre quadros amplos e específicos da gestão, mas abertos e sensíveis para aprender sobre a psique e alma dos artistas que fazem dança em meio às acaloradas discussões.

    Um abraço carinhoso pra você e toda sua equipe
    Saúde, paz e prosperidade sempre.

    Rui Moreira – bailarino e coreógrafo - MG

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  14. O Fórum Dança e Sustentabilidade pode juntar profissionais da dança nacional para discutir sua atual situação na perspectiva de encontrar formas de melhorar essa atividade no Brasil. Reunidos em São Paulo cerca de sessenta profissionais de diversas regiões brasileiras, puderam chegar a possíveis conclusões, como a que acredita que: a sustentabilidade passa por um caminho que já vemos trilhando como profissionais, que desenvolvem meios de sustento, ainda que de forma não sistemática e metódica. Cada um de nós do seu modo vem desenvolvendo seus projetos ao longo dos anos e conseguido trabalhar e se manter na atividade, criando e circulando dentro das suas possibilidades. Criar uma rede social e sustentável entre os profissionais de dança que possibilita estarmos juntos para somar, construir em coletivo. Precisamos sair do individualismo e nos voltarmos para o agrupamento, pensando juntos meios que nos possibilitem crescer enquanto profissionais, um exercício à união de corpos, pele, cheiros e sentimentos. Entendendo corpo em toda sua amplitude de pensamentos, contrações e limitações, pois é certo que em cada depoimento dado encontramos um tom carregado de esperança e desilusão é como se a cada novo projeto precisássemos recomeçar do zero, tendo novamente que mostra que somos capazes e merecemos mais uma “chance”. O Fórum nos trouxe a possibilidade de nos ouvir, nos olhar e principalmente entender uma realidade que precisa ser mudada, precisamos de uma política que possibilite continuidade e que garanta meios decentes de desenvolvermos nosso trabalho. Precisamos nos conhecer mais, é o que concluo. Assim como, necessitamos buscar mecanismos que nos possibilite circular e trocar informações em rede. Uma rede que dê conta de um país com dimensões continentais e talentos idem.

    Foram levantados inúmeros desafios e questionamentos encontrados para a busca desse lugar ideal de sustentabilidade. A dança precisa encontrar meios favoráveis para seu desenvolvimento amplo, para a utilização de seu potencial criativo e nas infinitas e possíveis relações com as mais variadas esferas da sociedade (público/privado). De certa forma foi um encontro que como falou Maria Helena Cunha: “Nos tirou do eixo”. Fiquei certo que precisamos encontrar meios de intensificar os intercâmbios, poder circular pelo país, criando um mercado complexo que incentiva a profissionalização e possibilite geração de emprego e renda, assim como precisamos descobrir outras formas de encontrar sustentabilidade. A relação com @s gestores culturais, precisa ser mais constante, pois são eles os profissionais que tem o papel de fazer uma interlocução, como uma ponte de informação e aproximação entre o público e o artista, ele (ou ela) deve ser sensível a cultura, devendo ser convidad@ a todos os acontecimentos, pelo menos deve ter conhecimento da sua realização e deve ser cobrada sua participação, pois faz parte do seu trabalho articulador e fomentador.

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  15. Os artistas precisam conhecer seu público, entender e direcionar seu foco para agir. Entendendo público de forma ampla e não só as pessoas que assistem ou consumem nossa produção artística, mas um olhar em torno do colaborativo, entendendo que o seu trabalho estar dentro de um sistema que precisa ser flexível e articulado, que precisa ser compreendido de forma mutável que se modifica a cada realidade e contexto. O planejamento passa a ser portanto a ferramenta mais eficaz na conquista de metas e objetivos. Precisamos entender que o planejamento é uma atividade colaborativa e participativa, flexível e dinâmica, uma importante ferramenta de trabalho. Vamos valorizar o fazer em dança, adquirir sustentabilidade talvez seja ver o que temos feito e produzido, elaborando em cima disso uma lista de possibilidade a serem seguidas, com base em suas especificidades. A dança precisa ter uma relação colaborativa com seu público. Nesse processo de organização o planejamento necessita ser constante e avaliar é fundamental. É importante destinar mais tempo avaliando que elaborando um projeto, pois na avaliação encontramos o fluxo da comunicação coletiva, temos também oportunidade de refletir sobre as possibilidades e continuidade das ações elaborando.

    Cheguei em Teresina hoje depois de uma semana fora da “Terra querida” com a cabeça borbulhando de atividade, nem tive tempo de parar pra avaliar. No Piauí certifico que daremos continuidade a esse processo de rede e certamente buscaremos os meios para consolidar nosso oficio. Tenho ainda muito a falar vou aos pouco escrevendo e compartilhando. Meu bloquinho de anotações está recheado e precisa ser coletivizadas.

    Valdemar Santos (Diretor Artístico)

    Organização Ponto de Equilíbrio (OPEQ). Piauí.

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