DIA 16 DE NOVEMBRO ESTIVERAM PRESENTES NA CÂMARA DOS VEREADORES DA CIDADE DE SÃO PAULO MAIS DE OITENTA PROFSSIONAIS DA DANÇA EXIGINDO A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA O PROGRAMA DE FOMENTO À DANÇA, TRANSPARÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS E AMPLIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DANÇA A FIM DE ATENDER A DEMANDA EXISTENTE NA CIDADE.
MOMENTO DE FESTEJAR MAIS UMA VEZ A MOBILIZAÇÃO DA DANÇA PAULISTANA !
MOMENTO TAMBÉM DE ESTARMOS ATENTOS !
ESTAMOS EM FASE DE VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO PARA 2012. O MOMENTO É ESSE. A HORA É AGORA ! NOVAS MOBILIZAÇÕES VEM PELA FRENTE ! PARTICIPE !

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05 agosto 2011

Ainda sobre a Ocupação da Funarte...um entre tantos pontos de vista

Destaco aqui um ponto de vista defendido por Marino Galvão Jr. sobre a polêmica ocupação da Funarte, postado no site http://www.culturaemercado.com.br/.

'A FUNARTE nasceu com o objetivo de funcionar como um “braço” do Ministério da Cultura. Agregou várias tentativas falidas que segmentavam a política cultural no país como o extinto SNT(Serviço Nacional do Teatro).
Talvez se tivesse sido criada em outra época teria nascido agência regulatória como a ANCINE. Aliás porque o cinema tem uma agência regulatória e todas as outras artes tem uma fundação de direito público? Alguém saberia dizer? Em que difere um filme alternativo qualquer de um espetáculo alternativo qualquer? Em que difere um musical como “Fantasma da Ópera” e um filme como “Assalto ao Banco Central”?
De qualquer forma a existência de uma entidade pública como a Funarte vem para suprir a ausência de outras entidades financiadoras de origem privadas. Ou alguém já viu a Fundação XYZ financiar ou fomentar a arte no Brasil sem que haja dinheiro de renúncia fiscal no meio? Aliás alguém sabe quem é o maior empreendedor cultural do país e qual é o seu maior incentivador? Ele acaba de receber o título de mais sustentável do planeta.
A título comparativo: os americanos, canadenses e ingleses operam em um sistema chamado “arms lenght”. Com um piso orçamentário público definido por lei os diversos “Arts Council” federais, estaduais e municipais recebem e distribuem as verbas para as mais variadas artes, tendências e estilos. Sem distinção política ou artística.
Em um Brasil dos sonhos, a FUNARTE seria totalmente independente do governo. Teria governância e orçamentos mistos. Gestão pública e privada. Receberia doações oriundas de grandes fortunas e de heranças como a que o Eike Batista não poderia deixar em totalidade aos herdeiros. Teria também fiscalização e auditoria independentes. Possuiria patrimônio próprio, igual ao da PREVI e muito bem investido em títulos mundo afora que renderiam à mesma uma auto-suficiência de recursos. Com planejamento plurianual e estratégico seria gestida independente da bandeira do presidente ser vermelha ou amarela e azul.
Mas em um Brasil dos sonhos, o mercado cultural sobreviveria também por suas próprias fontes de receita. Com casas de espetáculos cheias, patrocínios e venda de publicidade, patrocínios técnicos e receitas não derivadas de sua atividade CORE (ou ARTÍSTICA se preferirem) mas de serviços adjacentes. Enfim, teria planejamento, gestão e composição orçamentária pública, privada e mercadológica.
Cultura não deveria ter partido. Muito menos no Brasil da realidade e não dos sonhos. Acompanhando os acontecimentos recentes me pergunto: qual dos lados desta história estaria pronto pra Brasil dos sonhos?
Por Marino Galvão Jr.

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