DIA 16 DE NOVEMBRO ESTIVERAM PRESENTES NA CÂMARA DOS VEREADORES DA CIDADE DE SÃO PAULO MAIS DE OITENTA PROFSSIONAIS DA DANÇA EXIGINDO A AMPLIAÇÃO DE RECURSOS PARA O PROGRAMA DE FOMENTO À DANÇA, TRANSPARÊNCIA NA UTILIZAÇÃO DE RECURSOS E AMPLIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE DANÇA A FIM DE ATENDER A DEMANDA EXISTENTE NA CIDADE.
MOMENTO DE FESTEJAR MAIS UMA VEZ A MOBILIZAÇÃO DA DANÇA PAULISTANA !
MOMENTO TAMBÉM DE ESTARMOS ATENTOS !
ESTAMOS EM FASE DE VOTAÇÃO DO ORÇAMENTO PARA 2012. O MOMENTO É ESSE. A HORA É AGORA ! NOVAS MOBILIZAÇÕES VEM PELA FRENTE ! PARTICIPE !

Seguidores

29 setembro 2010

" A dança vai muito bem, obrigado ! " (?!?)

Caros colegas, às vesperas de definirmos o gestor que conduzirá as políticas públicas em São Paulo, quero retomar um manifesto apoiado pela categoria envolvida numa discussão sobre Políticas Públicas para a Dança, divulgado em 2009 na Conferência Estadual de Cultura. A mesma conferência onde o secretário de cultura de plantão (João Sayad) afirmou que: "...a dança em São Paulo vai muito bem, obrigado!", após ter sido questionado sobre os valores exorbitantes gastos com a São Paulo Cia. de Dança e a pulverização de recursos nos PROACs. Portanto, convoco a categoria para retomarmos os aspectos expostos nesse manifesto, antes que nada mais possa ser feito. Aguardo manifestações !

MANIFESTO DANÇA SÃO PAULO
(Conferência Estadual de Arte e Cultura 2009)
  A DANÇA, aqui representada por inúmeros profissionais, intérpretes, coreógrafos, professores, pesquisadores, diretores de companhias, cooperativas, universidades, movimentos e coletivos organizados, trabalhadores da cultura, participa dessa  CONFERÊNCIA ESTADUAL DE ARTE E CULTURA com o intuíto de propor diretrizes e ações significativas, que se efetivem de fato. Portanto, estaremos acompanhando não apenas as discussões, como também reivindicando o aprimoramento e a consolidação de uma política pública cultural para o estado de São Paulo, a fim dea garantir que as necessidades e especificidades da DANÇA, tanto quanto dos demais segmentos - teatro, circo, música, literatura, poesia, cinema, artes visuais, digitais, integradas, dentre outros - sejam contempladas numa visão que está além do mundo artístico-cultural, e, principalmente muito distante da política de eventos, política que se instaurou no estado à revelia dos próprios trabalhadores da cultura e artistas.  Partimos da premissa de que a criação, pesquisa, memória, produção, circulação e fruição dos bens culturais é um direito constitucional, e tem que ser respeitado. Por isso se faz urgente a ampliação e  a criação de novos programas destinados ao desenvolvimento da Dança. Programas que tenham a ampla participação da categoria tanto na sua formulação quanto na sua efetivação. Programas que tenham recursos ampliados, pois sabemos que a arrecadação do Estado dá conta disso tudo e muito mais se for administrado com transparência e critérios pautados por uma política cultural democrática, séria, honesta e inteligente.Enfim, temos inúmeras demandas, demandas que se acumulam frente à uma política que pretende muito mais mascarar a realidade do que abrir uma discussão honesta com os seus protagonistas e com a sociedade em geral. Destacamos aqui apenas algumas delas como DIRETRIZES que devem ser encaminhadas à CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA DE SÃO PAULO:
A.  O aumento de recursos públicos para a área da Cultura, num conjunto de ações articuladas com a sociedade, com rubrica orçamentária própria, com definição e cumprimento de calendários. É fundamental a existência e permanência de um processo continuado de trabalho e de pesquisa artística.
B.     A criação de Programas Integrados de ações artístico-culturais, efetivando parcerias entre a Secretaria de Cultura, Secretaria da Educação e demais Secretarias, numa articulação consistente, séria e inteligente que garanta a atuação e contratação dos profissionais artistas nas especificidades e diversidade das suas formações, sejam elas acadêmicas ou não. Somos trabalhadores da Cultura e é desse mercado que estamos falando.
C.     A participação nos processos decisórios de políticas públicas, através do diálogo entre os poderes legislativo, executivo e a sociedade. Para isso contamos com o re-estabelecimento do conselho municipal de cultura com a participação de entidades representativas da sociedade civil. Uma política cultural que se diz séria, não pode se ausentar dessa discussão.
D.     A criação de Fundos de Cultura, através de leis, com regras e orçamentos próprios para atender as demandas da área, para além do governo de plantão e das necessidades imediatas e conjunturais, por meio de editais públicos, estabelecendo dessa forma políticas transparentes e democráticas – verdadeiramente transparentes e democráticas.
Quanto ao PROAC DANÇA (seja Edital ou ICMS), destacamos a necessidade de aprimorar esse mecanismos de incentivo em inúmeros aspectos, mas principalmente destacamos a necessidade de:
1. AUMENTAR os recursos destinados ao PROAC DANÇA. O valor máximo foi de APENAS R$ 560.000,00 para cada edital ( lembrando que apenas temos dois editais: de criação e de circulação). Sugerimos que o mesmo montante destinado à CIA. DE DANÇA SÃO PAULO, seja também destinado ao PROAC- DANÇA.
2. AUMENTAR o número de PROJETOS À SEREM CONTEMPLADOS (em 2009 foi possível contemplar APENAS 14 PROJETOS - quantidade insignificante levando em conta a produção de todo o Estado de São Paulo)
3. AUMENTAR os MÓDULOS DE DISPONIBILIZAÇÃO ORÇAMENTÁRIA (hoje os módulos se concentram em  valores insignificantes para qualquer produção de dança)
4. LANÇAR OUTROS EDITAIS que contemplem as especificidades da DANÇA que se produz no Estado (exemplo: Edital para NOVOS NÚCLEOS ARTÍSTICOS.,  Edital para MANUTENÇÃO DE CIAS. que atuam/produzem há mais de dez anos,  RETOMAR O EDITAL DE PESQUISA EM DANÇA, Edital Específico para FESTIVAIS DE DANÇA, Edital para a PRODUÇÃO DE SEMINÁRIOS, DEBATES, E DEMAIS ATIVIDADES QUE PROMOVAM A FORMAÇÃO, REFLEXÃO E AÇÃO ARTÍSTICA-PEDAGÓGICA, EDITAL PARA BOLSAS DE ESTUDOS PARA NOVOS COREÓGRAFOS, PESQUISADORES, INTÉRPRETES, etc...)
5. QUE AS COMISSÕES DE AVALIAÇÃO DOS PROJETOS sejam formados por 50% da classe artística INDICADA PELOS INSCRITOS, e que os INSCRITOS possam acompanhar as reuniões de trabalho dessas comissões.
6. Especificamente sobre o ProAC-ICMS , que seja setorizado por linguagem, ou seja: que seja criado o ProAC-ICMS específico para  DANÇA.
7. Que os Editais do PROAC DANÇA, à cada edição, sejam discutidos e elaborados com a participação da classe artística por meio de uma comissão formada e escolhida (também pela categoria diretamente envolvida), pois dessa forma o aprimoramento desse Programa atenderá de fato as demandas e necessidades da dança, e não da Secretaria de Cultura.


Um comentário:

  1. Este próximo novo governo ou próximo mesmo governo que vier deverá corrigir (sob pressão!!!) um dos equívocos mais absurdos e cínicos dos últimos tempos: o projeto da Cia do estado e o teatro da dança com custos extravagantes com contribuição zero para a cultura de São Paulo, um mero capricho de um secretário (coronel) e alguns seguidores.
    Com isso tenta se dizimar as produções criativas e de qualidade da dança do interior e da capital do estado de São Paulo em nome de um conservadorismo perverso e histórico.

    sandro

    ResponderExcluir

Cadastre-se e deixe seu comentário.